sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Eugene Von Blaas ( 1843 - 1932)


Eugene de Blaas ou Eugene Von Blaas (Nasce em Albano, próximo de Roma, Itália, a 24 de Julho de 1843 - 10 de Fevereiro de 1932). 

Pintor da escola conhecida como Classicismo Académico, foi pupilo de seu pai, o pintor austríaco Karl Ritter von Blaas. Posteriormente, aluno da Academia de Artes de Veneza, Viena e Paris. Seu irmão mais novo, Julius B. Blaas, tornou-se também um popular pintor retratando animais.
Eugene estabeleceu-se em Veneza como professor consagrado. Especializou-se nas cenas da vida veneziana, retratando o povo italiano de então,mas dando particular relevo à figura feminina.

















terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Germaine Bouret - 1907 - 1953

Germaine Bouret

Germaine Bouret foi uma ilustradora francesa, nascida em Paris a 29 de Maio de 1917. 
Desde tenra idade que se sentiu atraída pelo desenho, tendo com apenas 15 anos participado num concurso nacional de desenho.Encontrava inspiração nas ruas e praças, desenhando as crianças que aí brincavam ou passavam. Esse viria a ser o tema quase exclusivo da sua obra, vindo rapidamente a especializar-se nos postais e gravuras de diferentes formatos,que serão largamente difundidos por toda a França. 
Após a sua morte em 1953, e porque não deixou herdeiros, coube ao seu irmão gémeo, Marcel, continuar a publicar as suas obras, livros, e cartões postais. Este morreu em 1986., e também ele não tendo filhos, veio a ser um seu sobrinho,por parte da esposa que ficou de posse de todos os direitos inerentes à obra por ela deixada.




















Especialmente para o Dia de S.Valentim - Specially for S. Valentine Day



Todos estes belos exemplares são da autoria de Frances Brundage, tendo sido executados nos primórdios do passado séc. XX.
Se quiserem encontrar autênticas maravilhas com esta ou outras temáticas, aconselho-vos a visitarem o site http://tuckdb.org/. Trata-se de uma base de dados, na qual foi recolhido muito do espólio inerente  à antiga Raphael Tuck & Sons, e que está em permanente actualização. 






















domingo, 2 de fevereiro de 2014

Uma menina nascida no séc XIX, de sua graça, Adelaide - A girl born in the nineteenth century, of his grace, Adelaide







Corria o Ano da Graça de mil oitocentos e cinquenta e quatro.
Estávamos em Janeiro. O frio e o vento eram cortantes.
Maria, a Rodeira, tinha-se deitado fazia tempo, quando foi despertada pelo latir dos cães da vizinhança.
Como estes não deixassem de se fazer ouvir, e achando estranho tão desusado alarido, resolveu levantar-se e vir espreitar pelo postigo da sua acanhada cozinha.
Colocou o xaile de lã sobre as costas, e foi com algum receio que perscrutou a noite de breu.
Cruzes credo! Àquelas horas não podia ser cousa boa…
Isto de se viver junto de uma encruzilhada só podia trazer maus encontros…e se bem calhasse poderia tratar-se de algum lobisomem, ou alguma alma penada.
Com o coração a bater acelerado tentou escutar e olhar com atenção. Foi então que, juntamente com o latir dos cães, percebeu um outro som, que sem sombra de dúvidas era o choro de uma criança recém-nascida.
Ficou admirada, mas principalmente revoltada perante o facto de numa noite tão fria e de grande ventania, alguém ter coragem de vir deixar uma criança na Roda dos Expostos.
Percebendo assim do que se tratava, saiu porta fora o mais depressa que pôde, e chegada à Roda, deparou-se com um bebé num cesto de vime. Dentro deste estavam inúmeras peças de enxoval, qualquer uma delas dignas de gente de teres e haveres, e o mais significativo de tudo; um singelo papel aonde estavam escritas algumas palavras. No entanto, e porquanto fosse analfabeta, guardou o papel consigo, e trouxe a criança para dentro de casa.
Já dentro da sua cozinha, tirou o bebé do cesto e verificou que se tratava de uma menina, a qual não teria mais do que três dias de nascida.
No manhã seguinte levou-a à presença do Sr. Prior para que fosse baptizada o quanto antes. E ao Sr. Prior entregou o papel que a acompanhava. Em seguida a menina foi entregue aos cuidados de uma ama-de-leite.
Esta menina era  minha trisavó paterna, e o papel que a acompanhava rezava assim:
“ A esta menina há-de ser dado o nome de Adelaide”.
E Adelaide ficou, tendo-lhe sido acrescentado “de Jesus”.
Adelaide de Jesus, uma menina a quem roubaram a família em criança, e uma herança em adulta.
Mas essa é outra história a que voltarei mais tarde.