Quem não se recorda das velhinhas máquinas de costura?
Em Portugal, a marca mais famosa, era sem sombra de dúvida a Singer. Mas, outras como a Naumann, ou a Oliva fizeram decerto parte das vidas de muitas famílias.
No tempo das nossas avós e mães, rapariga a quem os pais oferecessem uma máquina de costura, era considerado um dote de monta. Dessa forma, a "menina" poderia executar arranjos e trabalhos de vária índole - que passariam inclusivé pela confecção do enxoval dos filhos que haveriam de vir - os quais não teriam de ser dados a fazer/pagar a alguém ,o que contribuía para a economia doméstica.
Sucedia também que, quando a pequena em causa era habilidosa, fazia desses trabalhos uma forma de receita acrescida, e assim nasceram as costureiras de bairro.
E por falar em costureiras; quem não se lembra de ir com as mães a casa da costureira para mandar fazer um vestido, ou saia novos?
Era um verdadeiro ritual,que começava com a compra/ escolha do tecido, bem como dos chamados aviamentos (forros, botões, linhas, etc).
Depois marcava-se um dia, e lá se ia para que nos tirassem as medidas certas do braço, peito, anca, o que,diga-se de passagem constituía um autêntico suplício...
Passados que eram em média oito dias, fazia-se a prova. Apertava-se aqui, alargava-se acolá.
Seguia-se mais um tempo de espera, e depois chegava o tão ansiado dia em que podíamos vestir o novo vestido, saia, etc.
Hoje, na era do pronto-a-vestir, todos estes rituais estão praticamente colocados de lado, excepção feita aos grandes ateliers.
De uma forma ou outra, poucos serão os que, da minha geração (hoje quarentões e cinquentões) não se recordam de ver nalgum cantinho da casa da família aquele objecto, o qual é actualmente, uma linda peça decorativa.
Bonito post, Alexandra.
ResponderEliminarA minha tia materna era modista e passei parte das minhas férias de verão no meio de máquinas de costura, figurinos, linhas, tecidos e vestidos para prova. Talvez por isso na minha juventude tenha pensado ser estilista e desenhava e mandava fazer a minha roupa. Ainda hoje tenho um certo fraco por trapos e uma tendência para a excentricidade.
O meu pai herdou uma bonita máquina de costura, uma coisa que julgo ser alemã, toda decorada com flores. Poderá até ser um tema para um bom post, pois sempre me interroguei sobre o fabricante daquela máquina.
bjos