segunda-feira, 26 de maio de 2014

Pintores americanos - Gil Elvgren (1914 - 1980) e as suas glamorosas pin-up - American painters - Gil Elvgren and his glamorous pin-up




Não é a primeira vez que aqui lembro obras de pintores americanos, mas na minha modesta opinião, Gil Elvgren foi, e continua a ser o melhor artista das chamadas pin -up que o mundo já conheceu.
.Desde o meio da década de 1930 até 1972 , Elvgren produziu mais de quinhentas pinturas de bonitas raparigas e mulheres. Quase todas essas obras são óleos, ​​nos quais tentava sempre melhorar ideias, composição , cor e técnica.
Conforme os anos foram passando, a influência de Elvgren foi sentida por dezenas de artistas mais jovens, que com ele aprenderam, e estudaram a sua obra, ou de outras formas procuravam imitar "o mestre " .
Na maior parte da sua carreira  Elvgren produziu arte para a Brown e Bigelow, uma editora de calendários que teve nas suas obras o seu maior expoente de vendas. Elvgren também trabalhou em publicidade. Marcas como a Coca-Cola,  produtos americanos como Orange Crush, Schlitz Beer, Sealy Mattress, General Electric, Sylvania ou Napa Auto Parts tiveram  a sua assinatura.














quarta-feira, 7 de maio de 2014

As minhas pinturas - My paintings

Até à data tenho dado a conhecer os trabalhos de pintores e ilustradores famosos.
Hoje decidi-me a partilhar convosco algumas das minhas pinturas, cuja técnica é essencialmente a aguarela.A fonte de inspiração são as paisagens, mas também tenho por hábito fazer recriações de postais antigos.
Este é um hobbie que me acompanha há imensos anos. Desde criança que adoro desenhar, e com os meus 17 anos comprei as minhas primeiras tintas de óleo. A primeira tela foi um completo desastre. Não tendo eu ninguém que me ensinasse como se trabalhava o óleo, estiquei tanto a tinta, que esta depois de seca estalou de tal maneira que mais parecia um craquelé...Seguiu-se a aguarela, e hoje em dia faço um pouco de tudo, embora tenha uma predilecção pelo desenho e aguarela.
Fico a aguardar as vossas opiniões.















domingo, 4 de maio de 2014

Cicely Mary Barker ( 1895 - 1973 )



Ilustradora inglesa, nascida em Croydon, Surrey, ficou célebre pelas suas colecções de fadas e flores.
O seu primeiro livro é publicado em 1923, e tem por título " Flower Fairies of the Spring". Títulos similares serão publicados nas décadas seguintes, os quais terão por base as estações do ano,as árvores, os jardins,  os caminhos, o alfabeto das fadas, e muitos outros. Todos têm em comum a delicadeza do traço e a ternura que sobressai das expressões faciais.
Os seus trabalhos são maioritariamente executados em aguarela, mas não desprezava outras técnicas como o pastel, o óleo, ou o esboço puro e simples.
Em criança tinha predilecção pelas ilustrações de Kate Greenaway, e esta veio a ser uma das suas fontes de inspiração. Na minha modesta  opinião, Cicely Barker ultrapassa em muito a sua musa 
Esboços, desenhos, e pinturas de crianças foram por ela dadas aos amigos ou aos pais das crianças que muitas vezes lhe serviam de modelo. Como anglicana devota doava muitos dos seus trabalhos a instituições de caridade, ou para eventos patrocinados pela igreja .

                                     
                                     

Ilustrou livros, capas de revistas, sobre capas, séries de postais para a famigerada Raphael Tuck e outras editoras.
O seu trabalho tinha duas facetas distintas: religiosa e fantasia.  Em qualquer um dos casos, a sua extrema sensibilidade artística fez com que o seu nome fizesse parte integrante da lista dos grandes ilustradores e ilustradoras, que serão recordados pelas futuras gerações. 



























 

Feliz Dia da Mãe - Happy Mother's Day

Especialmente para as minhas leitoras que são mães, aqui fica uma pequena homenagem!
O tema musical é cantado por Carla Baptista Alves, e denomina-se Zawawa.







quinta-feira, 1 de maio de 2014

O 1º de Maio de 1974. (Memórias de uma menina que na época tinha 10 anos.)



                                                                   

Do 25 de Abril de 74 ao 1º de Maio foi um pulo de lobo!
Pela primeira vez em muitas décadas a população podia dar largas à sua ânsia de liberdade, e era de supor que esta data fosse assinalada de forma talvez ímpar na história deste País.
Tal como sucedeu em outras localidades, Alenquer não foi excepção.
Recordo-me perfeitamente, que foi depois de almoço que o povo saiu à rua. O largo do coração da terra pejou-se de gentes.
Os meus pais também acorreram à “chamada”, e por arrasto lá fui com eles, sem compreender muito bem o significado de todo aquele ajuntamento de pessoas, que pareciam brotar do chão, qual formigas saídas do formigueiro.
As palavras de ordem sucediam-se:
- “O povo unido, jamais será vencido!”, “O povo está com o MFA!”
E a marcha foi seguindo o seu rumo, percorrendo todas as ruas da vila, até que às tantas, comecei a sentir medo de toda aquela turba de gentes. Não conhecia ninguém, não percebia a razão de tanto grito e alarido. Dei a mão à minha mãe e apertei-a com quanta força tinha, temendo ser arrastada, e separada dela e do meu pai.
A páginas tantas consegui fazer-me ouvir, e perguntei à minha mãe:
- Mas para onde é que esta gente vai?
A minha mãe ao ver a minha expressão de medo tentou acalmar-me, mas parecia que quanto mais ela o fazia, mais medo eu sentia. Levava encontrão de um lado, berrava outro do outro, até que por fim soçobrei, e desatei num choro convulsivo, com todos os olhares a caírem sobre aquela menina que balbuciava entre soluços:
- Eu quero ir para casa!
Não houve nada que me demovesse, e a minha mãe teve de bater em retirada, e vir comigo de volta ao lar doce lar!
Quanto ao meu pai, esse andou por lá até que durou, e quando chegou a casa disse-me que eu já era crescida para fazer birras daquelas!
Aqui para nós, ainda hoje as grandes aglomerações me fazem confusão e, gostando eu tanto de flores, não consigo engraçar com cravos vermelhos, nem com a designada música de intervenção. Não é necessário ser psicólogo para perceber o porquê!
Quase em seguida entrar-se-ia no designado PREC e, o meu “martírio” acentuou-se…mas dessa época falarei num próximo post. Nessa época os sons emitidos pela rádio eram maioritariamente os que aqui vos deixo, e esta vossa amiga tinha que esperar pelo programa do Rádio Clube Português,"Quando o Telefone Toca" para ouvir Art Sullivan, de quem era fã incondicional, e com o qual aprendi imenso francês!