sexta-feira, 25 de abril de 2014

Adelaide Hiebel - 1886 - 1968




Adelaide Hiebel nasceu em New Hope , Wisconsin. Estudou no Instituto de Arte de Chicago com Zula Kenyon , e ensinou arte no Oshkosh College. Em 1916, Zula Kenyon recomenda-a para  trabalhar na Gerlach Barklow Co, empresa que se dedica ao comércio de calendários. Adelaide aceita, tendo-lhe sido dada a oportunidade de trabalhar no seu estúdio em casa . 
Calendários Gerlach Barklow eram comprados por empresas para oferecer a clientes importantes.
Que se saiba, Adelaide executou mais de 400 obras assinadas ou documentadas para a Gerlach - Barklow incluindo retratos do presidente da mesma , assim como o famoso pastel de Lois Delander de Joliet, Miss América 1927 ,  em traje de banho.
No entanto, de todos os trabalhos produzidos por Adelaide, apenas 50 se encontram actualmente documentados. A artista terá comprado muitos dos seus originais favoritos, tendo-os levado consigo quando se reformou em 1955. Após a sua morte, a família não conseguiu localizar a grande maioria desses trabalhos, os quais vão sendo descobertos pelos coleccionadores aqui e ali, que despendem fortunas para os arrematar em leilões.
A sua técnica preferida era o pastel , tendo ficado conhecida pelo detalhe fotográfico. Pintou primordialmente retratos de mulheres , e crianças  acompanhadas de animais.







                                    A Miss América











Neste mesmo dia, há quarenta anos atrás

Nesta data costuma perguntar-se:
- Aonde estavas no 25 de Abril?
Pois bem, há quarenta anos atrás tinha 10 anitos, e como acontecia com a grande maioria das crianças de então tinha escola de manhã e de tarde.
Naquela manhã, e tal como sucedia todos os dias, a minha mãe acordou-me, e enquanto eu me arranjava, ela preparava-me o pequeno – almoço.
Normalmente, a minha amiga e colega da 4ª classe Aura Sá vinha ter comigo, e seguíamos as duas para a escola.
Aquele dia não foi excepção, e pelas 8h e 40m a Aura tocou à campainha.
A partir desse momento os acontecimentos desenrolaram-se em catadupa, qual montanha russa…
A minha mãe abriu a porta e deparou-se com uma Aura perfeitamente alvoraçada que repetia incessantemente:
- D. Benilde há guerra em Lisboa!
-O que dizes Aurita? Ainda vens a dormir ou quê? (convenhamos que a Aura era uma menina deveras distraída…)
- É verdade D. Benilde, ligue o rádio! A minha mãe diz que é lá em Lisboa, é muito longe, e que temos de ir na mesma para a escola! Ligue o rádio!
Perante tal alarido, fez-se-lhe a vontade, e o dito “cantou” não os habituais fados, mas uma “cantilena” para mim sem sentido, em que alguém pedia para as pessoas permanecerem em suas casas.  
Ficámos meio atónitas, até que a minha mãe “desceu à Terra, e ditou a “sentença”:
- A tua mãe tem razão, aquilo é lá em Lisboa e vocês têm escola aqui, portanto é para lá que vão!
E fomos, mas contrariamente ao habitual, a nossa Professora, a D. Isaltina dos Anjos Cardoso, não havia ainda chegado. O facto era extremamente inusitado, pois a pontualidade era para ela coisa sagrada.
A rapaziada estava feliz da vida, já que, nenhuma das Professoras da 1ª  à 4ª classes se encontravam presentes.
O atraso fora de comum durou cerca de 45 minutos, e quando já nos perguntávamos se não deveríamos regressar às respectivas casas, eis que surgem todas as professoras em conjunto.
Hoje percebo que deviam estar reunidas, tentando decidir o que fazer; dar aulas normalmente, ou mandarem-nos embora. E foi justamente o que sucedeu, enviaram-nos para casa, decisão que me deixou perplexa. Com os meus 10 anitos, raciocinei que algo de muito extraordinário estaria a acontecer, que se sobrepunha às pessoas que, em meu entender, tinham mais autoridade.
Dali em diante, nada seria como dantes, e em breve eu estaria a desejar voltar a ouvir fados na rádio, (estilo musical que não apreciava) e já não conseguia suportar o tão badalado tema da “Gaivota”.
Naquele mesmo ano fiz o exame da 4ª Classe, e entrei para o então 1º ano do Ciclo Preparatório, aonde tive novos colegas, novos professores, e vivi todo o clima do PREC.
Mas essa é outra história.




Deixo-vos com uma foto da época, julgo que de 1975, tirada no terraço da casa da minha amiga Aura, em que estou eu (cabelo comprido e blusa às riscas), meus pais, a minha amiga de óculos , e a irmã dela quase bébé.

sábado, 19 de abril de 2014

Clara Miller Burd





Clara Miller Burd nasce na cidade de New York City em 1893

Frequentou a Escola Chase e National Academy of Design, em Nova York e a Courtois e Colarossi em Paris. Mais tarde, estudou pintura de retrato com Renardo, tendo recebido vários prémios por esses trabalhos. Estudou ainda design de vitrais nos estúdios de Tiffany. Em 1900 expõe na Academia Nacional de Design.
Para além da ilustração de livros infantis, postais, revistas, também desenhou inúmeros vitrais, incluindo uma janela memorial  para o presidente McKinley, em Ohio, e muitas janelas para igrejas, assim como as respectivas decorações de pinturas morais.
Normalmente as suas obras aparecem assinadas com C M Burd.













quinta-feira, 10 de abril de 2014

Postais de Páscoa, 1906 - Easter postcards , 1906


Se me dessem à escolha ficaria em maus lençóis...
Acho-os todos extremamente ternurentos. Deixo para vocês a dificuldade da escolha.
Pessoalmente considero-os lindos para inúmeros projectos de decoração de Páscoa. Quer sejam imprimidos e oferecidos como postal, passando pelas etiquetas para prendas, marcação de lugares em mesas de reunião familiar, ou até para serem usados como motivos em découpage.
Enfim, a imaginação não tem limites! 












quarta-feira, 9 de abril de 2014

Postais antigos - Vintage postcards


Datados de 1913, são de uma delicadeza extrema, quer em termos de traço, quer nas tonalidades. Infelizmente, nada sei da sua autora, de seu nome Helen Jackson.















Postais de Páscoa com a sigla MBH, datados de 1914 - Easter postcards with MBH abbreviation, dated 1914


Nada sei acerca da autora, ou autor destes belos postais. A sigla MBH surge em todos eles, e é quase certo que se refere às iniciais do nome do autor (a). Certezas apenas a da data, 1914, a  beleza dos mesmos, e a firma que os comercializou, Raphael Tuck and Sons.
 Espero que gostem.